A bola não entra por acaso


Até que ponto um treinador de futebol deve ter autonomia em cuidar dos interesses de um clube ? 

Quais são as responsabilidades que ele tem e qual a preocupação com o legado deixado pela comissão técnica ?

São respostas a essas perguntas que explicam o atual momento vivido pelo EC Vitória no Campeonato Brasileiro.

Preparação física : pouco se fala sobre o assunto, mas independente do dilúvio que tivemos no jogo contra o Atlético MG, é nítido a preparação física equivocada realizada pelo profissional Solivan Dalla Valle membro da comissão técnica de Caio Jr em que chegamos ao mês de setembro e a equipe cai de rendimento na etapa complementar de todos os jogos. Além disso o mais grave as sucessivas lesões de atletas, alguma delas sim motivadas por essa carga extra aplicada aos atletas.

Resistência da diretoria a mudanças : independente dos maus resultados na Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Sul-Americana dentro de campo era visível a queda de rendimento da equipe e a falta de padrão tático que o treinador Caio Jr não conseguia dar a equipe. Contrariando aos pseudos entendidos do futebol em alguns casos o caminho é trocar sim enquanto é tempo e não perder receita na disputa das fases decisivas dessas competições. 

Prata da casa : Falcão confirmou que Caio Jr liberou os atletas Léo e Willie para serem negociados pois não iria utiliza-los na equipe. Essa decisão contou com o de acordo da direção que prefere que esses atletas se destaquem em outros clubes a permanecerem no Vitória. A filosofia do clube deve ser preservada e a fórmula, que não é mágica, é mesclar jovens e talentosos valores com jogadores experientes.  

Contratações : nem todas as indicações do treinador devem ser viabilizadas, pois os profissionais passam e o legado deixado ficam. Assim temos hoje jogadores como Camacho que efetivamente não justificou sua contratação apesar das oportunidades. 

O momento é de reflexão e alerta e somente a contratação de Ney Franco não será suficiente, pois é necessário qualificar a equipe e a torna-la competitiva. É preciso ter elenco para disputa do Campeonato Brasileiro, pois se assim não for o que resta é contar com a sorte , oscilar na tabela e evitar o pior. 

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