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O rubro-negro baiano, em parceria com o Banco Excel,15 contratara também as estrelas Túlio e Bebeto.16 O "gringo" viera justamente para substituir Bebeto, que fora para o Botafogo, e ofuscaria Túlio, que seria negociado também naquele ano. Inicialmente, seu grande objetivo ao aceitar a proposta de empréstimo ao Vitória, para o qual não queria vir, era jogar bem para atrair nova atenção europeia.
Desconhecido no Brasil, poucas eram as expectativas em cima do iugoslavo, que, logo na sua estreia, contra o União São João, marcou um gol de falta e deu passe para Túlio também marcar no empate por 2 a 2 contra o time paulista. Em oito partidas em 1997, marcou duas vezes. Em 1998, começou o ano em ritmo devagar, marcando poucos gols, mas ainda assim se destacando, principalmente na goleada do Leão por 5 a 2 sobre o Santa Cruz, em jogo válida pela Copa do Nordeste.
No Brasileirão de 1998, veio a consagração. Com quatorze gols em 21 partidas, destacou-se nacionalmente, encantando a torcida com um estilo clássico e certeiras cobranças de falta, fazendo com que o São Paulo chegasse a oferecer suas promessas França e Dodô por ele, na época.
Ele poderia inclusive ter sido premiado com a Bola de Ouro da Revista Placar: em dezembro, tinha a nota mais alta (6,79), como um dos melhores atacantes. Porém, o Vitória não conseguiu avançar às fases finais, quando cada atleta dos times classificados recebiam um acréscimo de 0,2 pontos por partida. Na premiação máxima, ainda inédita para um europeu, Petković ficou em quarto, atrás de três jogadores finalistas: o premiado Edílson, Fábio Júnior (que, pelo benefício, lhe tiraram inclusive a Bola de Prata de melhor atacante, concedida a estes dois) e Carlos Gamarra.
Ainda assim, o desempenho do sérvio foi bastante reconhecida pela mídia:Paulo Roberto Falcão chegou a declarar que "É um jogador de rara habilidade, veloz e de muita visão de gol. Não hesita em tentar a jogada individual quando percebe que tem chance de concluir com êxito. Também participa da organização das jogadas de ataque e ajuda a combater. É um craque.". Um "Disque-Pet" chegou inclusive a ser criado, com o objetivo de arrecadar o dinheiro necessário para a compra definitiva do passe do jogador.
Seus gols e assistências, em partidas memoráveis, ficaram marcados na memória da torcida leonina, com a boa fase seguindo no ano seguinte, justamente o do centenário do Vitória. No Estadual, apesar de conviver com os bombardeios à Iugoslávia na Guerra do Kosovo, ele foi o artilheiro com dezenove gols em 16 jogos, liderando o conjunto das jovens promessas Fábio Costa,Allan Dellon e Matuzalém.
Com isso, Petković conseguiu seu retorno ao futebol europeu, sendo contratado pelo Venezia, da Itália, transferindo-se no meio do ano para jogar a temporada 1999-2000.
Até hoje é lembrado como um dos grandes jogadores que passaram pelo rubro-negro baiano nos últimos tempos. Em agosto de 1999, com sua saída ainda recente, o iugoslavo fora eleito, em eleição promovida pela Revista Placar, por 44% do júri popular o maior jogador do Vitória no século XX. Esteve perto de ser eleito também pelo voto dos críticos na mesma eleição: recebeu três votos entre dez jurados ligados ao clube, apenas um a menos que o eleito por estes, Mário Sérgio. O carinho é recíproco: o sérvio, por sua vez, já declarou, após ter passado por outros clubes brasileiros, que o único time que efetivamente torce no Brasil é o rubro-negro baiano.
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