Auditoria revela dívida de R$ 83,2 milhões que pode "quebrar" o Bahia

Foto : Edson Lima / Jornal A Tarde 
Passado a euforia das eleições do EC Bahia que escolheu pelo voto direto o novo Presidente Fernando Schimidt e membros do conselho deliberativo é chegado ao momento de voltar a difícil realidade que viverá o clube nos próximos meses.

A auditoria realizada no clube aponta uma grave crise financeira após decisão do juiz Paulo Albiani em investigar o segundo mandato do presidente do Bahia Marcelo Guimarães Filho.

O Resultado foi assustador. Segundo a empresa Performance, o Bahia tem um endividamento no valor de R$83,2 milhões, entre ativos e passivos circulantes.

O relatório ainda aponta que no primeiro semestre de 2013, o Bahia contraiu uma dívida de R$20 milhões somado aos 2,8 milhões no primeiro ano de mandato do presidente Marcelo Guimarães Filho.

A auditoria também identificou que o Bahia fez um adiantamento, junto a Globo, de R$40 milhões, relativos aos bônus de contratos de direitos de transmissão correspondentes aos anos de 2012 a 2018. Além de ter dado como garantia R$7,7 milhões das cotas para liquidar empréstimos contraídos com os bancos Safra, BMG, BVC e Itaú.

Segundo o jornal A Tarde, a Protector (empresa de propriedade de Marcelo Guimarães) fez um empréstimo de R$200 mil ao Bahia, no ano de 2000 e passados 13 anos esse valor chega a R$3,2 milhões.

Só a treinadores o Bahia deve mais de R$2 milhões. A Joel Santana o valor é de R$1,4 milhão, R$555 mil a Renato Gaúcho e R$354 mil a Renê Simões.

O presidente do Bahia, Fernando Schmidt assume tendo que pagar uma dívida de R$5.343.796,96 para ser quitado até o final do mês de outubro.

De acordo com o documento, o endividamento global do clube (somando todos os ativos e deduzindo os passivos circulantes) é de R$ 83.283.385. Esse débito, aponta o documento, "se não for tempestivamente equacionado" pode até "comprometer a continuidade operacional da Entidade" (veja fac-símile).
No entanto, o valor projetado pela auditoria para a dívida do clube é de R$ 132,9 milhões. A cifra pode ser maior ou menor, pois ainda precisa ser ajustada por levar em conta valores que ainda não foram registrados contabilmente.
Dos R$ 83,2 milhões, ainda segundo a auditoria, R$ 20 milhões foram contraídos nos últimos seis meses da gestão de Marcelo Filho, de janeiro a junho deste ano. Em 2012, a dívida no mandato do ex-presidente foi de R$ 2,8 milhões.

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