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Apolinário Santana, conhecido popularmente como Popó, conquistou três títulos baianos pelo Mais Querido
O maior ídolo da história do Esporte Clube Ypiranga, Apolinário Santana, conhecido popularmente como Popó, completa nesta terça-feira (17), 58 anos de morte. Em 17 de setembro de 1955, o craque morreu aos 53 anos de idade e é considerado até os dias de hoje, um dos maiores craques do futebol baiano.
Popó atuou em 11 clubes de Salvador, tendo maior destaque no Esporte Clube Ypiranga, onde jogou por cerca de cinco anos e conquistou os títulos baianos de 1925, 1928 e 1929. Aos 36 anos, o craque encerrou sua carreira e até hoje, 58 anos depois da sua morte, ainda mantém dois recordes do futebol brasileiro: Como o jogador mais jovem a atuar na primeira divisão de um campeonato estadual e por ser o jogador que jogou em mais clubes da mesma cidade.
Em toda Bahia, Popó conquistou muitos fãs, mas uma foi mais que especial, Irmã Dulce, que ia freqüentemente ao Estádio da Graça com o pai para ver o Mais Querido jogar e assistir os dribles do maior ídolo. A Bem aventurada vibrava com o jogador e cantava os versos junto com a torcida de cores amarelo e preto. "Não há fogueira sem brasa, não há mato sem cipó, não há partida animada, quando não joga Popó".
Com todo seu futebol, chegou a ser comparado com Pelé pela beata. Em uma entrevista a um jornal local em 1986, Dulce contou o quanto Popó a impressionava. "Popó era o meu preferido. Era um escuro com as pernas tortas. Se ele estivesse vivo hoje, ele seria Pelé. Ele era danado na bola", lembrou.
Mas o jovem negro era mesmo bom de bola e não só nos olhos da beata. Em 1934, jogando pela Seleção Baiana, conquistou o título nacional em cima da Seleção Paulista e foi considerado o melhor jogador da competição.
Antes disso, Popó já chamava a atenção de todo país. Isso porque, em 15 de abril de 1923, o artilheiro marcou todos os gols da vitória do Ypiranga sobre o Fluminense do Rio de Janeiro, por 5 a 4. Segundo o historiador Aloildo Pires, após a partida, um dirigente do Flu enviou um telegrama ao Rio contando como foi a partida, que foi manchetado por um jornal carioca. Na mensagem, o dirigente anunciava o placar como "Popó 5 x 4 Fluminense". Com isso, além de 'Craque do Povo', como já era chamado na Bahia, o ídolo baiano ficou conhecido também como Popó das Laranjeiras.
Todo o seu talento chegou a ser descrito pelo historiador Aloildo Pires, em seu livro 'Popó - O Craque do Povo - A trajetória de Apolinário Santana'. O jogador ainda teve seu nome associado a uma rua de Salvador, no bairro da Engenho Velho da Federação. Sendo que as homenagens não param por aí. Em 2002, o troféu do Campeonato Baiano de Futebol recebeu o nome do craque.
Fonte : Departamento de Comunicação do Esporte Clube Ypiranga
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