Reflexões sobre as convicções de Ney Franco

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Depois de emplacar uma sequência de 07 jogos invictos o Vitória vem de 02 reveses no Campeonato Brasileiro. Assim é apropriado fazer uma  análise de algumas convicções do técnico Ney Franco que precisam ser revistas.

Cabe destacar que não é pelo fato do Vitória ter tido  dois resultados negativos, sendo um deles no clássico contra o maior rival, que o trabalho do competente técnico Ney Franco será questionado ou tido como ineficiente, pois os números e as circunstâncias que assumiu o time estão a seu favor.

No entanto cabe algumas reflexões sobre algumas das suas convicções. Ney Franco por característica tem a filosofia de colocar um time ofensivo e a fórmula do Campeonato Brasileiro exige que se tenha o máximo de aproveitamento para se alcançar alguns objetivos na competição.

No jogo contra o Atlético PR o rubro negro fez um primeiro tempo impecável e todos os jogadores que entraram cumpriram sua função táticas dentro da partida. Apesar da oscilação na segunda etapa conquistou um maiúscula vitória fora dos seus domínios. Nesse confronto a postura da equipe foi de forte marcação no campo do adversário anulando as suas principais jogadas e evitando assim a pressão nos 20 minutos iniciais da partida.

Ney Franco em entrevista dada após o clássico se mostrou contrário a opção de jogar com 03 volantes de marcação, pois considera incompatível com as características do Vitória que ele deseja ver em campo. Até certo ponto ele está correto, porém é preciso que ele tenha jogadores qualificados  para desemprenharem suas funções táticas e com precisão matarem a partida como se diz na gíria do futebol.

Contra o São Paulo além das falhas elementares da defesa nas bolas aéreas o jogador Vander teve nos seus pés a oportunidade de definir a partida e transferir o peso emocional do confronto ao desesperado São Paulo e não foi competente na finalização.

Partida polêmica e erros da arbitragem o clube vem para jogar o BAVI . A equipe da casa pressionado pela tabela e pelo tropeço contra a Ponte Preta tinha a obrigação de sair para o jogo. O Vitória mantendo sua formação conhecida vem com Michel que comprovadamente não é eficiente na marcação, Cáceres que rende mais atuando na criação e chegando ao ataque, Renato Cajá que continua devendo e mais uma oportunidade a Leílson.

O técnico Cristovão Rodrigues ciente das suas limitações tem por característica primar pela forte marcação e sair em jogadas rápidas de contra ataque. Segurou os avanços dos laterais e montou uma linha de 4 atrás tendo na frente da zaga os volantes Feijão e Elder. Na frente abriu Willian Barbio e Wallyson nos extremos do campo para servir a Fernandão no meio da área.

Foi com essa realidade dentro das quatro linhas que o Bahia achou o primeiro gol na cobrança de escanteio para Rafael Miranda cabecear livre de marcação e numa jogada de contra ataque rápido Kadu perde o tempo da bola e deixa Fernandão na intermediária tocar em profundidade para Willian Barbio bater cruzado para o rebote do goleiro Wilson. Victor Ramos mau posicionado vê a bola sobrar livre para Fernandão colocar para o fundo das redes.

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No futebol um dos fatores para superar outra equipe é a supremacia de um esquema tático eficiente sobre outro. Diz a máxima do futebol que : "em time que está ganhando não se mexe" porém quando o time não consegue pontuar algumas alterações táticas e técnicas são necessárias. 

O polivalente Escudero faz falta e isso é incontestável, porém a equipe tem que ter alternativas para minimizar essa falta e manter a regularidade da equipe. O meio campo rubro negro é o ponto chave para dar equilíbrio à equipe e dentro do elenco tem algumas alternativas para tornar a equipe com forte marcação tais como : Edson Magal, Elizeu e  Luiz Gustavo com Cáceres mais à frente ou Renato Cajá já que esse jogador mesmo não atuando bem não vai para o banco de reservas. Luis Gustavo, Elizeu, Gabriel Soares volante de características diferenciadas entre outros opções como Neto Coruja, Luís Alberto que dependem de recuperação no departamento médico.

O Vitória precisa sair do senso comum e buscar alternativas, pois jogadores como Vander, Leílson, Felipe já tiveram várias oportunidades e não corresponderam às expectativas. Renato Cajá e Michel são escalados pelo nome e pela esperança de recuperarem o seu bom futebol, mas podem ser boas opções na etapa complementar. Arthur Maia e Willian Henrique devem continuar a treinar forte e havendo uma oportunidade mostrarem qualidade para justificar uma possível titularidade.    

Dois confrontos dentro de casa contra o Coritiba e Botafogo. Se o Vitória almeja alguma coisa na competição precisa sair do estado de letargia entrar com disposição de vencer e superar esses dois adversários apresentando um bom futebol.

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