A bola não entra por acaso


Ainda sem realizar uma grande partida o Vitória venceu o o xará Vitória da Conquista de virada pelo placar de 2x1 em partida válida pelas semi finais do Campeonato Baiano no Estádio Lomanto Júnior.

No futebol quando se obtém o resultado positivo dentro das quatro linhas as decisões dos técnicos antes da bola rolar passa a ser uma questão secundário e é tido para muitos como acertada. 

Para entendermos isso analisemos as seguintes situações. Marquinhos Santos armou um esquema fechado com 03 volantes, sem uma referência de área utilizando um inusitado esquema tático no  4-6-0 e ainda promoveu a estréia do lateral direito Diego Macedo. Resultado venceu o clássico até com uma certa facilidade e é isso que importa.

Ney Franco na partida de ontem mais uma vez entrou com uma nova formação no meio de campo com Lucas Zen, Caceres, Hugo e Marquinhos. No ataque Dinei e Souza. Resultado ao final da partida dentro do planejamento da comissão técnica ampliando a vantagem. Porém, fazendo uma análise crítica do desempenho da equipe continua deixando a desejar.

Essa formação sempre ofensiva rubro negra continua deixando vulnerável o setor defensivo que mais uma vez não conseguiu terminar a partida sem levar  gol. O ponto de equilíbrio de uma equipe de futebol está no setor de meio de campo e o Vitória continua com graves problemas de marcação com jogadores que somente cercam e não anulam o adversári. Recuar um atacante para a zona de criação não é a melhor das soluções. Principalmente se levarmos em consideração que o laboratório do campeonato baiano visa preparar a equipe para disputa de competições tais como Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro em que o grau de exigência são consideravelmente maiores.

O bem da verdade que esse Vitória de 2014 com constantes mudanças e que não trouxe peças de reposição à altura para substituir Victor Ramos, Kadu e o criticado e pouco producente Renato Cajá no segundo semestre não deram resultados. As divisões de base não devem carregar o peso da responsabilidade da formação de uma equipe competitiva.

O grande responsável por esse mau momento rubro negro chama-se Raimundo Queiroz que não realizou boas contratações mesmo contando com o clube na série A e com receitas compatíveis a essa competição. Com a queda de qualidade no material humano somente restou ao técnico Ney Franco em buscar alternativas na divisão de base, mas está sistematicamente errando na formação da equipe, no esquema tático.  

A blindagem do último BAVI com relação a Euller e Souza prejudicou exclusivamente ao clube e ao torcedor que viu um Vitória sem o verdadeiro predomínio e controle da partida para vencer o clássico. Não se explica o fato de manter Hugo fora de forma quase a totalidade da partida e optar por Ayrton no meio de campo anulando esse setor na criação das jogadas.

Primeira questão a ser resolvida no Vitória. Reconhecer as limitações do setor defensivo e buscar alternativas para solução . A comissão técnica  tem seus proventos consideráveis justamente para isso. Testar uma formação com três zagueiros. Formar um meio campo com 03 volantes, buscar um outro garoto de talento nas divisões de base. Enfim, primeiro evitar que essa defesa tome gol para depois buscar um meio de campo de criação e aprimorar o setor ofensivo para ser competente nas finalizações.

Como desconstruir uma bela campanha de 2013. Como presidente dê total autonomia ao seu diretor de futebol em contratar e deixe de cobrar contrações inteligentes ( Defendi, Ferrari e Dão trouxesse um zagueiro de qualidade o custo benefíco com a garotada seria bem melhor), fique esperando a vida passar e não qualifique com no mínimo 02 meias de criação, fique esperando contar com a sorte e com os meninos da base. 

A bola não entra por acaso e o sucesso somente vem à frente do trabalho no dicionário. O Vitória somente atingirá seus objetivos quando verdadeiramente se profissionalizar e reunir conjuntamente dentro e fora das quatro linhas profissionais competentes e dedicados em buscar vigorosamente a conquista de títulos. 

Comentários

  1. Bela visão tática do comentário. Agora insisto em falar,que não é possível um clube que se não me engano tem mais de 1 milhão de torcedores, ou mais talvez, ( desculpem se me enganei ) tenha média de público nos seus jogos de 4 a 6 mil torcedores; tenha pouco mais de 8 mil sócios; e venda ingressos a 20 reais.Temos o Barradão que e o nosso maior orgulho,e fico triste em ver a nossa Arena sempre vazia. Acredito que deva existir uma campanha muito forte começando por aí. Do jeito que vejo,jamais seremos grandes. Hoje infelizmente os altos salários pagos aos bons jogadores,nos afastam deles. Temos sim que fazer jogadores na base,mais custa caro esta divisão,,e acredito ser difícil atingir esta meta sem dinheiro.Vejamos a festa que o Internacional fez ontem no Beira-Rio. Por que conseguem ter aquela massa de torcedores presentes em um jogo amistoso? Sim,vamos mudar radicalmente a filosofia do torcedor.Se ele corresponder,acredito,estaremos rumo a fazer do Glorioso Esporte Clube Vitória o Clube que queremos. Presidente! Vá ás mídias! Cobre do seu torcedor! Apele se for preciso! Diga que teremos em troca o que almejamos.

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