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Nos últimos meses a forma do Vitória administrar seus sucessivos tropeços tem sido anunciar contratações de jogadores, porém na maioria deles apenas para compor elenco. As intenções podem ter sido as melhores possíveis, mas a vida não é feita de merecimentos e o mercado da bola é implacável com as decisões amadoras e pouco profissionais.
Para comprovar isso basta verificar o fiasco do primeiro semestre que apesar de ter sido mantido uma base de 2013 o clube teve uma performance pífia na Copa do Nordeste, Copa do Brasil e mesmo com a vantagem no Campeonato Baiano não teve a competência para superar o limitado rival. O motivo principal desses insucessos na sua essência foram as contratações de baixo nível técnico para repor os jogadores que deixaram o clube.
O "planejamento" se é que existiu começou equivocado quando pretensamente se transferiu para alguns jogadores prata da casa a responsabilidade de reposição dentro das quatro linhas na disputa da Copa do Nordeste. Além do vexame da desclassificação pela segunda vez para o Ceará o clube deixou de arrecadar cerca de R$ 3 milhões incluindo direitos comerciais e bilheteria. Além da vaga para a Copa Sul-Americana.
Com relação a Copa do Brasil uma decepção ainda maior, a desclassificação para o desconhecido J.Malucelli e uma perda de receita R$ 6,190 milhões aproximadamente caso seguisse em frente e conquistasse o título de expressão nacional.
Campeonato Baiano e a comprovação amplificada que as coisas não vão bem no rubro negro. Todos os equívocos de gestão da temporada agora afetam a comissão técnica do experiente e qualificado técnico Ney Franco. Acostumado a disputar clássicos por onde passou e com o perfil ideal para trabalhar com as divisões de base, simplesmente adotou sucessivos esquemas táticos kamikases e esqueceu de colocar o regulamento debaixo do braço e ser campeão.
Desgastado com a torcida e sem conseguir os resultados em campo teve sua parcela de responsabilidade por aceitar passivamente as contratações realizadas por Raimundo Queiroz. Além disso, não teve a habilidade de mudar o esquema tático uma vez que não teve as peças de reposição de qualidade para a continuidade do trabalho. Contrariou a máxima do futebol brasileiro e pediu demissão.
Para administrar a crise e manter a política de pés no chão e o time em segundo plano, não por acaso vazam para imprensa nomes como Doriva, Gilson Kleina e até mesmo Vanderlei Luxemburgo. Sobre o professor Luxa informações dão conta que existe uma conversa de bastidores do ex-mandatário Alexi Portela conduzindo uma possível negociação, porém o assessor do treinador não confirma absolutamente nada a respeito.
Sobre Carlos Amadeu merece todo respeito e tem uma grande responsabilidade pela frente. Com relevantes serviços prestados ao clube tem a missão de comandar o time contra o Palmeiras na sequência do Campeonato Brasileiro. Por tudo aquilo que vem fazendo essa diretoria a tendência é mante-lo até a interrupção da competição devido a Copa do Mundo.
Os resultados irão determinar se o interino e competente Carlos Amadeu será efetivado. Com um elenco limitado e ainda pasmem sem um camisa 10 para comandar a equipe o treinador terá muito trabalho pela frente.
Administrar crises vai muito além do que anunciar contratações para desviar o foco e renovar as esperanças. A competição é implacável e de pontos corridos. Se não houver uma mudança de atitude e contratações que realmente venham mudar o panorama da equipe o preço da morosidade administrativa poderá ser muito caro para o clube.
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