Um Vitória que se apequenou

Foto reprodução/Internet
O pedido de demissão do técnico Ney Franco é apenas a ponta do iceberg do desastroso planejamento rubro negro. De grata surpresa no ano passado quando aqui chegou e em pouco tempo contagiou a todos com uma bela campanha a uma grande decepção em 2014. Sai do Vitória com a escrita de não ter vencido nenhum clássico contra o maior rival. 

Entra na conta de responsabilidade do técnico Ney Franco e sua comissão técnica  a incapacidade de montar um esquema tático competitivo tendo em vista as limitações técnicas a qual se sujeitou a trabalhar. Mas, a grande reflexão do momento atual que vive o clube é a seguinte: Ney Franco realmente foi o grande responsável por esse péssimo momento ou vitima de uma política questionável de pés no chão e equipe em segundo plano ? 

Quando aqui chegou foi considerado como sendo o nome de perfil ideal para conduzir um processo de renovação da equipe promovendo também a inclusão de pratas da casa. Na temporada atual aceitou e quase que não questionou as contratações abaixo do esperado para reposição de jogadores como: Victor Ramos, Kadu, Renato Cajá, Maxi Biancucchi entre outros. O entendimento é bem claro e cristalino se o limitado diretor Raimundo Queiroz com o aval da presidência tivesse renovado todos os jogadores de 2013, ainda assim o elenco que ficou no quase precisaria de significativos reforços.

O futebol é profissional dentro e fora das quatro linhas e não permite amadorismo. Os sucessivos erros nas avaliações e contratações pífias refletiram nas competições e assim tivemos a desclassificação prematura da Copa do Nordeste e Copa do Brasil e pelo Campeonato Baiano mesmo com a vantagem de jogar por dois resultados iguais não conseguiu superar o limitado rival, demonstrando assim uma incompetência ainda maior. 

Jogadores da base sendo expostos a constantes vexames, contusão de Escudero e a morosidade nas contratações criaram um cenário de poucas opções para se armar a equipe e suas substituições se tornaram previsíveis. Com o semestre jogado fora e perda de receitas o campeonato brasileiro começa com time oscilando na tabela e a realidade que se apresenta é lutar para não cair.

Treinador de série A e time de série B assim tem sido a tônica dessa administração. Voltamos a correr graves riscos de qualificar uma equipe durante a disputa da competição. Não se pode cobrar grandes responsabilidade do atual gestor Felipe Ximenes que acabou de chegar e o novo treinador já vem com o discurso que não montou essa equipe. 

A Ney Franco não falta mercado e o seu destino provável é o Flamengo. Ao Vitória mais um ano perdido, pois quando se começa uma Sul-americana pouco importância se dá a essa competição. No clássico do último domingo faltou competência para vencer depois de sair na frente e permitir o empate do adversário.

Definitivamente temos em 2014 um Vitória que se apequenou .

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