Gilson Kleina: indicações contraditórias

Jogadores indicados pelo comandante tricolor podem ser uma furada.

Indicações de Kleina não passam de apostas.
Foto: (Felipe Oliveira/ Divulgação EC Bahia)


O técnico Gilson Kleina possui um curto contrato com o Esporte Clube Bahia, o vínculo do até então invicto comandante será até dezembro deste ano. Esse fator acende um sinal amarelo para as indicações de contratação dadas por Kleina à diretoria. Não seria a primeira vez que um técnico, de passagem por um clube, leva um caminhão de jogadores, nem sempre aproveitáveis, que ficarão de herança para a próxima comissão técnica. Para quem foi contratado somente para o segundo semestre do ano e conhecendo bem o retrospecto de técnicos sulistas que vêm para as bandas da Bahia na condição de apagar incêndio, as indicações do técnico são arriscadas demais. Nomes como Mazinho e Bruno César, que estão sem uma sequência de jogos no mesmo Palmeiras que no passado recente foi dirigido por Kleina, são cogitados como a solução de todos os problemas do tricolor. Para essas apostas virarem uma realidade somente com uma forcinha extra, aquela que só se encontra na terra de todos os santos.

 Alessandro


O recém contratado atacante do Bahia, Alessandro, sempre foi declaradamente "sonho de consumo" de Kleina nas equipes em que o técnico passou. O atacante, do alto de seus 1,77m, chega com a missão de ser o homem gol que fará o ataque (cardíaco) do Bahia ser mais objetivo. Com a publicidade positiva de ter sido artilheiro da Série B em 2007 pelo Ipatinga e ter ido bem na campanha do acesso à Série A pelo América MG, Alessandro, que já possui 32 anos, não consegue repetir os feitos de anos atrás. Em 2013, jogou dezesseis partidas pelo clube mineiro e marcou somente três gols, antes de deixar a equipe e partir para o futebol japonês, onde atuando pelo modesto Kyoto Sanga disputou a segunda divisão e nas sete partidas em que esteve em campo marcou dois gols. Na visão de Kleina, o atacante é um goleador nato que vai impulsionar a equipe tricolor para metade de cima da tabela do Brasileirão 2014, o mais distante possível da zona da degola. Sob um prisma mais realista, Alessandro será mais um atacante em busca de reabilitação para disputar uma vaga de titular entre vários nomes que o Bahia possui atualmente na mesma condição. 


Para Kleina, Mazinho "agrega valor".
Foto: (Cesar Greco/ Agência Palmeiras/ Divulgação)

 Mazinho

Mais uma indicação de Kleina, o Bahia abriu negociação pelo meia atacante Mazinho atualmente no Palmeiras. O jogador já esteve sob o comando do técnico e pelo visto caiu nas graças, mas está encostado no alviverde paulista. Mazinho entrou em campo somente duas vezes no Brasileirão e em três oportunidades pela Copa do Brasil deste ano. Somando isso às dez partidas no campeonato paulista, temos quinze partidas e somente um gol marcado, justamente pelo Paulistão. Ok, a função dele segundo o comandante tricolor é a armação de jogadas, certo? Parece que não. O jogador possui somente três assistências computadas em suas estatísticas do ano de 2014, segundo o Footstats. Para Kleina, o jogador viria para "agregar", mas os números indicam que jogador, de 26 anos, pode ser um forte candidato a agregar valor em algum camarote dos bares ou boates da noite de Salvador. De marcante no seu currículo, somente o fato de ter integrado a equipe que rebaixou o Palmeiras para a Série B em 2012.

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