A bolinha rubro negra em 2014

Foto reprodução / Internet
Em um ano que não vai deixar saudades ao torcedor rubro negro, o Vitória cria uma nova peculiaridade no Campeonato Brasileiro. Como se não bastasse o declínio técnico e os maus resultados o Vitória perdeu sua identidade e se apequenou. Agora ressuscita jogador questionado e de baixa qualidade técnica. Na partida contra o Santos a zaga rubro negra volta a falhar e tomar gol de bola parada do limitado David Braz. 


No caso do Vitória a questão é elementar. Gol de bola parada é falha de posicionamento da equipe e somente nos treinamentos que se corrige e define quem vai marcar quem.

Futebol não deve ser tratado como uma ciência exata, porém a incapacidade de se pontuar na competição projeta um caminho de rebaixamento para série B. Contra os adversários diretos o que se viu foi uma dificuldade imensa de superar a retranca dos visitantes e a perda de pontos preciosos dentro de seus domínios. Quando o adversário era ineficaz no ataque e não decidia a partida o cobrador oficial da equipe se encarregava de jogar fora pontos preciosos para sair da confusão chamada zona de rebaixamento.

Dentro de campo um futebol burocrático de passes laterais, inversões de bola de um lada para outro. A falsa impressão de domínio da partida, mas ausência total de verticalidade em busca do objetivo maior do futebol que é o gol. Fora das quatro linhas o discurso está bem ensaiado após cada vexame: "Temos que tirar o clube dessa situação. Temos que ter consciência de que o que estamos fazendo é insuficiente", "Não dá tempo de lamentar”, " a responsabilidade é minha ". Falta responsabilidade, competência e qualidade técnica e tática para traduzir o discurso em resultados. 


Não vai demorar muito para ouvirmos a seguinte expressão: " tentamos , mas o time não deu liga" . Essa chamada "liga" pode ser traduzida com profissionalismo e o futebol profissional não perdoa aventureiros e amadores. Foi com um "planejamento" questionável que o Vitória não qualificou à altura a equipe de 2013. Optou em colocar jogadores da divisão de base para disputar campeonato baiano e Copa do Nordeste. Contratou em quantidade e não foi cirúrgico em trazer jogadores com qualidade. Mais um vez não foi dado prioridade a Copa do Brasil e o intervalo para a Copa do Mundo pouco serviu para entrosar a equipe, pois os jogadores foram contratados próximo ao início do competitivo campeonato brasileiro. 

Pelo desgaste no regional e por não ter tido um elenco competitivo para trabalhar o técnico Ney Franco buscou  um vôo mais alto no conturbado co-irmão rubro negro. Com o pires na mão e numa tentativa de salvar do rebaixamento o clube promove o retorno do treinador que por aqui começou o trabalho. 

Um Vitória que se apequenou e segue acumulando sucessivos vexames com Ceará, J.Malucelli, Chapecoense, Figueirense entre outros. A missão de Ney Franco é livrar da segunda divisão e essa agonia vai se estender até a última rodada. Pela Sul-Americana um alento de uma sofrível classificação. O reflexo da crise reflete nas arquibancadas e na redução de preço pela diretoria , pois ele sabe que o torcedor racional e consciente que se preze não vai ser testemunha de mais um vexame pelo Campeonato Brasileiro.

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