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E foi com um empate com sabor de derrota que o Vitória deixou escapar o triunfo diante da equipe do Goiás após estar vencendo pelo placar de 2x0. Mantendo suas convicções e repetindo os mesmos erros o técnico Ney Franco fez a opção pela avenida Juan na lateral esquerda. Para não ser injusto com um ex-jogador em atividade foi dele o lançamento para o atacante Vinícius perder um gol feito que poderia dar uma maior tranquilidade na partida.
Em mais uma apresentação decepcionante o Vitória jogou um primeiro tempo como um convincente representante da elite do futebol brasileiro, mas voltou para a etapa complementar com uma performance digna de uma série B. E como se tornou comum na temporada 2014 muitas explicações para justificar o injustificável. Pane, sonolência, vacilo são algumas das desculpas usadas para definir mais um vexame jogando dentro de casa.
Analisando de uma maneira clara e objetiva temos algumas situações pontuais que não devem acontecer para uma equipe que já esgotou seu limites de erros na competição. Um goleiro que se preze não pode tomar dois gols defensáveis da forma como Gatito Fernandez aceitou. O técnico Ney Franco sabendo das limitações da sua equipe não pode errar na escalação e levar a campo uma equipe que não consegue jogar em alto nível os dois tempos da partida. Juan não tem a mínima condição de ser titular desse time, a defesa rubro negra voltou a falhar na bola área e temos que ter uma outra estratégia além da entrada do individualista e limitado Willian Henrique.
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Com essa instabilidade da equipe que não consegue pontuar fora de casa e tem uma atuação sofrível dentro dos seus domínios a matemática passa a ter um destaque ainda maior e a projeção para os próximos jogos não são nada animadores. Verificando a tabela o limitado time do técnico Ney Franco vai enfrentar: Sport na Ilha do Retiro, Nacional de Medellin ( jogo de volta da Sul-Americana), Cruzeiro no Barradão, Corinthians na Arena Corinthians, Criciúma no Barradão, Grêmio na Arena do Grêmio, São Paulo no Barradão, Chapecoense na Arena Condá, Coritiba no Barradão, Figueirense no Orlando Scarpeli, Flamengo no Maracanã e finalizando o campeonato o Santos no Barradão.
Nas próximas rodadas a cada tropeço e a cada insucesso o discurso será o mesmo: "lutamos mas o resultado não veio", "a fase não é boa" , "cada jogo é uma decisão", "faltou o gol", "vacilamos mais uma vez" e outras frases prontas de um elenco fraco, limitado com lampejos de um Vitória que está anos luz distante daquilo que o torcedor rubro negro espera.
Futebol fora das quatro linhas não é uma caixinha de surpresas. Um ano de um "planejamento" pífio que teve a pretensão, para não dizer soberba, de transferir para a divisão de base a responsabilidade de disputar o campeonato baiano e a Copa do Nordeste. Contratações sem critério e de baixa qualidade para disputar uma Copa do Brasil e ser eliminado precocemente para o desconhecido J.Malucelli. Intervalo para a Copa do Mundo e um pacote de contratações próximo do final da pré temporada. Reiteradas mudanças na direção e comissão técnica fazem do Vitória um sério candidato ao rebaixamento, posição que ocupou boa parte da tabela.
Futebol não pode ser tratado como uma ciência exata e matematicamente o rubro negro somente depende dele para sair da zona da confusão. Mas, as limitações e a imprevisibilidade do Vitória não transmitem a confiança de uma redenção. A bola realmente pune e o campeonato brasileiro costuma não perdoar os amadores e aventureiros do futebol.
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