O ano da vergonha, vexame e da incompetência

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Na temporada marcada pelo vexame o Vitória contabiliza mais um. Conseguiu ser goleado pelo limitado Flamengo pelo placar de 4x0 na Arena Amazônia, em partida válida pela 37ª rodada do campeonato brasileiro. Diz Murici Ramalho que: "a bola pune", mas no caso do rubro negro baiano esse resultado é o reflexo do amadorismo e da incompetência na temporada de 2014.

O time é fraco, limitado, previsível e não merece a torcida que tem. Essa mesma torcida que teve toda a paciência em dar tranquilidade a jogadores medíocres na esperança que em algum momento daria liga. Muito se confiou no desempenho de 2013 e os números desse ano provam que o feito foi um mero acaso. Futebol profissional não perdoa os amadores, aventureiros e incompetentes. 

A soberba da gestão rubro negra teve a presunção de achar que a divisão de base iria ser suficiente para disputar em igualdade de condições as competições do primeiro semestre. E foi com essa realidade que o título do campeonato baiano foi entregue para o rival mesmo jogando com a vantagem do regulamento. Na Copa do Nordeste o primeiro vexame anunciado, a desclassificação vergonhosa para o Ceará. Seguimos queimando a base e foram perdendo força Mateus Salustiano, Mauri entre outros.

Copa do Brasil e o surreal acontece com o Vitória. Desclassificação prematura jogando contra o desconhecido J. Malucelli. Na ocasião já tinha o diagnóstico da mediocridade do elenco e no intervalo para a Copa do Mundo foi realizado uma série de contratações de jogadores em estágios diferentes de preparação. Resultado, alguns deles nitidamente limitados e sem condições de vestir a camisa do Vitória e outros custaram a entrar em forma para disputa do brasileiro.

Vem a copa a Sul-Americana e a duras penas o rubro negro passa pelo Sport. Segue para a fase internacional e vê a desclassificação ocorrer dentro dos seus domínios que deixou há muito tempo de ser um fator de desequilíbrio.

Pelo brasileiro uma campanha pífia de rebaixamento. Atuações abaixo da crítica, mudanças na diretoria de futebol e comissão técnica contribuíram para termos uma das piores campanhas da história do clube. E para os experts que tem a síndrome do cachorro vira lata em justificar a incompetência com o orçamento dos clubes do eixo Rio-São Paulo fica o exemplo dos clubes de Santa Catarina que em 2015 terá quatro representantes na elite do futebol brasileiro.

Ney Franco elogiado por todos no ano passado demonstrou em números a incapacidade de montar uma equipe competitiva e se tornou um treinador de uma nota só. Manteve na equipe suas preferências e exclui as possíveis alternativas de mudanças. Com uma insistência beirando a teimosia manteve o ex-jogador em atividade Juan como seu homem de confiança e no fiasco do rebaixamento entra na sua conta 02 penaltys desperdiçados contra Figueirense e Flamengo.

Outro símbolo desse time de Ney Franco é o jogador com status de promessa chamado José Wellison. Prata da casa, patrimônio do clube tem que ser preservado, ponto. Mas, que não está preparado para assumir a responsabilidade de ser o guardião defensivo da defesa rubor negra. Teve inúmeras oportunidades e nunca encantou ou fez a diferença. Diferente de Luiz Gustavo que desde que se machucou o time não foi o mesmo e contra o rival teve a personalidade de fazer o gol da vitória.

Ney Franco não conseguiu dar um padrão tático a equipe. O time não tem uma jogada ensaiada e os gols de bolas aéreas são uma constante. Falta compactação, qualidade técnica e tática. Seu time não tem variação de esquema  e sua leitura durante a partida que era um dos seus pontos destacados desapareceu nessa temporada.

Seguimos para a última rodada à espera de um milagre que não virá. Depender do Atlético PR , o qual o Vitória não tem boa relação, para vencer o pressionado Palmeiras. Mas, mesmo que isso aconteça o rubro negro precisa fazer sua parte em vencer o Santos. E todos os momentos em que dependeu de si mesmo o Vitória provou que esse é o seu maior adversário.

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