A soberba e a derrocada rubro negra

Foto: reprodução 

A fogueira das vaidades e o amadorismo do Vitória se reflete em campo e o clube ocupa a lanterna do Campeonato Brasileiro, com apenas um ponto ganho do empate contra o Avaí. Passado a euforia de assumir o poder, um dos primeiros passos  dessa atual gestão, foi precipitadamente fazer promessas vãs e, sem o mínimo de planejamento, afirmar que o clube iria montar um elenco para brigar pela conquista das principais competições nacionais.

O torcedor mais apaixonado pode ter embarcado nessa utopia, mas aquele mais crítico sabe que uma gestão profissional não vai colher os frutos das conquistas da noite para o dia. Para alguns pode até parecer oportunismo apontar erros dessa torre de babel que se tornou o rubro negro, mas os equívocos cometidos ultrapassam qualquer senso de razoabilidade e beira ao amadorismo.

Dentro das quatro linhas o Vitória é mero participante do competititivo Brasileirão e assiste equipes como Chapecoense (totalmente formada pela atual diretoria e Vagner Mancini), Coritiba, Ponte Preta fazendo uma gordura preciosa nesse formato de pontos corridos. Os dois Altléticos, Paraná e mineiro, vivem um momento de oscilação, mas que vão fazer valer o mando de campo e sair da chamada zona da confusão. O time das Minas Gerais já até saiu, após vencer o Avaí.

Foto: Moysés Suzart / EC Vitória

Na boa terra, o Vitória da “democracia”, tomou a decisão em renovar com questionado Argel Fucks. Ficou refém do treinador e suas estatísticas contra equipes de pouca expressão no cenário nacional. Em visível estado de inercia, assistu a equipe sair prematuramente da Copa do Brasil contra o Paraná Clube e Copa do Nordeste, sendo engolido pelo rival. O castelo de areia começava a desmoronar.

Tinham convicções da conquista nas urnas, mas nitidamente não tinham um planejamento. Assumiram o poder e encontraram dinheiro em caixa para realizar um trabalho promissor. Foram extremamente infelizes nas contratações e o elenco atual é sofrível. Nos bastidores, figuras sem expressão com o negócio chamado futebol, se agigantaram e a soberba de alguns deles influenciaram em decisões no clube.

Foto: Maurícia da Matta

Com o barco à deriva e uma tripulação perdida e confusa,  a nau rubro negra, navega em mares turbulentos. Alguns já desistiram dessa viagem. Outros se arriscam em embarcar. As perspectivas não são nada animadoras, e o que se vê dentro de campo é uma equipe limitada e previsível, sem brio, sem luta, sem motivação para mudar essa situação.


Alexandre Gallo chegou e vai precisar de um tempo mínimo de adaptação a atual realidade para tentar mudar uma filosofia, um esquema de jogo que possa tirar o Vitória do fundo do poço. Atuando contra equipes qualificadas e competitivas os desafios do novo comandante são inúmeros e a Série A não perdoa os aventureiros e amadores de plantão. A Série B é logo ali. 

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