Maurícia da Matta / EC Vitória |
Nem
o mais otimista torcedor rubro negro imaginava que o Vitória venceria o galo
mineiro com tamanha tranquilidade. A qualidade do Atlético (MG) e sua
representatividade no futebol brasileiro valorizaram, e muito, os três pontos.
O
torcedor mais cauteloso e crítico não se deixou empolgar com o triunfo, pois
com as limitações técnicas do elenco, não se pode esperar uma sequência de
vitórias no competitivo Campeonato Brasileiro.
Foi
com esse cenário que o imprevisível Vitória recebeu o Botafogo do técnico Jair
Ventura. Deixou o visitante entrar na sua casa, abrir a geladeira por duas
vezes e sentar na sala, como aquele convidado pra lá de espaçoso.
O
que sobrou na estreia do técnico Alexandre Gallo dentro do Barradão, faltou
contra o perigoso time da estrela solitária, concentração. Com o placar adverso, não restou outra
alternativa ao rubro negro do que correr literalmente atrás do prejuízo.
Gabriel Xavier e Kieza livraram de um vexame ainda maior, mas faltou
competência ao Vitória para chegar ao terceiro gol.
aurícia da Matta / EC Vitória |
No
final da partida o lateral esquerdo Thallyson reconheceu que falhou mais uma
vez (já havia apanhado da bola contra o Fluminense) e na atual situação da
equipe, dentro da zona da confusão, errar vai adiar ainda mais a reabilitação.
Entra
na conta do técnico Alexandre Gallo a insistência em manter o questionado
esquema com três atacantes. O time é limitado e na linguagem dos boleiros é
preciso fechar a casinha, povoar o meio de campo, jogar por uma ou duas bolas e apresentar um futebol
inteligente dentro e fora de seus domínios.
A
matemática é bem simples e cruel com os aventureiros e amadores de plantão.
Para respirar fora da zona afogamento para a série B é preciso de pelo menos
três vitórias consecutivas. Com um pouco de sorte e incompetência dos
adversários você consegue sair com duas conquista, como aconteceu com o
Atlético (GO) de Doriva que venceu duas em casa.
Enquanto
isso, a diretoria de futebol do Vitória,
pelo visto, aguarda a janela de transferência para esboçar alguma contratação. O
Leão agora terá pela frente Sport na Ilha do Retiro, Santos no Barradão e
Atlético (PR), na Arena da Baixada e o clássico dentro de casa.
aurícia da Matta / EC Vitória |
Após a 8ª rodada, mais
quatro jogos e chegamos a 1/3 da competição. Assim sendo, a primeira meta de todo clube
organizado e que tenha um planejamento profissional, é alcançar os 45 pontos, ou seja para o Vitória nos próximos 4
confrontos é preciso pelo menos 9 pontos para minimizar o início desastroso na
competição (um empate contra o Avaí na estreia e quatro derrotas consecutivas
contra Corinthians, Coritiba, Fluminense e São Paulo).
Análise
Pauta Esportiva: Contra o Botafogo o Vitória permitiu que o jogo se tornasse
difícil e teve que buscar o resultado para reverter uma situação adversa.
Adversários teoricamente diretos como Chapecoense (3º), Coritiba (4º), Bahia
(6º), Ponte Preta (9º) se mantém bem na tabela. Times como Atlético (PR) e
Atlético (MG) tem elenco e estrutura para reverter esse momento ruim na tabela
de classificação. Ou seja pontuar se faz imperativo para almejar outros objetivos e se manter na elite do futebol brasileiro.
Próximo
desafio será contra o Sport do “profexô” Vanderlei Luxemburgo que
gradativamente está melhorando o desempenho da equipe. Dentro de casa venceu o
Flamengo (2 a 0) e apesar do empate contra o São Paulo, teve duas penalidades
claras, não marcadas pelo questionado Hébert Roberto Lopes. No duelo de leões
quem será o vencedor? O Leão da Ilha ou Leão da Barra?
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