Os desafios de Mancini para fazer o Vitória jogar com consistência no Barradão

Foto: Maurícia da Matta / EC Vitória 

Principal responsável pela recuperação no Campeonato Brasileiro 2017, Vagner Mancini vai ter sérios problemas para escalar uma equipe competitiva para a sequência da competição. O competente treinador encaixou um esquema eficiente quando executado por 11 titulares. A atual realidade de lesões de alguns jogadores e a limitação técnica do elenco pode comprometer o desempenho da equipe dentro das quatro linhas.

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Contra o Fluminense o time sentiu falta de Yago e Ramon que não puderam jogar por cumprirem suspensão. Fillipe Soutto e Patric apareceram bem na partida, mas o rubro negro não teve a mesma consistência defensiva das últimas apresentações. Para complicar a situação, o lateral esquerdo Juninho sofreu uma lesão no joelho e deve ficar de fora por pelo menos 30 dias. O atacante Santiago Tréllez também deixou o campo por contusão e preocupa. Kieza, Todinho e Thallyson entraram e pouco produziram.

Foto: Maurícia da Matta / EC Vitória 

Mancini agora vai ter que quebrar a cabeça para escalar um substituto na lateral esquerda. As opções até então estão entre Gefferson e o contestado Thallyson que falhou contra o Fluminense nos dois jogos contra a equipe carioca. Willian Farias segue ainda em recuperação e teve ficar fora da equipe de duas a três semanas. Administrando a realidade atual, o presidente em exercício, Agenor Gordilho manifestou a sua confiança no elenco e que o clube não faria contratações.

Mancini tem o desafio de encontrar uma estratégia para tornar a equipe mais eficiente, jogando dentro de casa, quando precisa propor o jogo e furar o bloqueio adversário, que na maioria das vezes abre mão de ter a posse de bola. Estudioso do futebol, Adenor Leonardo Bachi, o Tite foi preciso na sua análise, em uma das suas entrevistas coletivas, ao revelar sua maneira de ver futebol: “Posse de bola associada ao número de chances criadas e associada ao número de finalizações certas no gol, isso é consistência, isso é jogar bem”, destacou.

Foto: Maurícia da Matta / EC Vitória 

Além da aplicação tática e equilíbrio dentro das quatro linhas, o técnico Vagner Mancini revelou que para superar o então imbatível Corinthians foi preciso "causar desconforto" para surpreender o líder. É justamente essa situação de desconforto que o rubro negro tem enfrentado nos jogos do Barradão. Para superar as retrancas, falta ao Vitória o jogador diferenciado que possa na habilidade individual abrir o espaço e deixar o atacante na cara do gol. Sente falta do especialista na bola parada e quando surgem as chances para matar o jogo a pontaria dos finalizadores não tem sido das melhores.

Contra o desesperado São Paulo o Vitória tem pela frente o chamado “jogo dos seis pontos”. O adversário entra pressionado pela incomoda posição na vice-lanterna e sabe que esse discurso de que “time grande não cai” já não vale há algum tempo. Ramon e Yago retornam a equipe e Mancini aguarda a recuperação do colombiano  Santiago Tréllez. Na lateral esquerda as opções sem improvisações estão entre Gefferson e Thallyson, ambos com atuações questionáveis pela torcida. Ou será que Mancini vai surpreender com alguma jovem revelação das divisões de base? Outra alternativa seria improvisar Patric para fazer essa função.          

Foto: Maurícia da Matta / EC Vitória 

Campanha do Vitória na “era Mancini”:

Cruzeiro 0 x 0 Vitória (30/07) – Mineirão
Vitória 3 x 1 Ponte Preta (02/08) - Barradão
Flamengo 0 x 2 Vitória  (05/08) – Ninho do Urubu
Vitória 0 x 1 Avaí (12/08) – Barradão
Corinthians 0 x 1 Vitória (19/08) – Arena Corinthians
Coritiba 0 x 1 Vitória (28/08) – Couto Pereira

Vitória 2 x 2 Fluminense (11/09) – Barradão

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