Foto:
Maurícia da Matta / EC Vitória
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“Foi nossa pior apresentação” com essas
palavras o técnico Vagner Mancini avaliou o desempenho da sua equipe contra o
desesperado São Paulo, no último domingo, no Barradão. No duelo entre o pior
mandante e o pior visitante, o Vitória manteve a escrita e foi dominado dentro
das quatro linhas. Nas redes sociais muitos atribuíram a titularidade de Kieza
como um dos motivos da derrota, outros creditaram a improvisação na lateral
esquerda como o mapa da mina explorada pelo tricolor. Esses fatores podem ter
influenciado no desempenho rubro negro, mas o que contribuiu decisivamente para
o Leão ser uma presa fácil dentro de casa?
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Maurícia da Matta / EC Vitória
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Apesar da
crise, é inegável a qualidade técnica de jogadores do São Paulo como Ernanes,
Cueva e Lucas Pratto. Além disso, o contestado Dorival Júnior estudou bem o
Vitória, explorou os lados do campo e no primeiro minuto da partida se
desenhava uma melhor disposição tática em campo. Precisando sair para o jogo o
tricolor paulista adotou o sistema de jogo no 4-5-1 e como o futebol é
dinâmico, em alguns momentos da partida se organizava no 4-1-4-1, com Petrus
atuando na frente da zaga e liberando o eficiente Ernanes para chegar no
ataque.
Vagner
Mancini repetiu o previsível sistema de jogo no 4-3-3, sendo que havia um vazio
no setor da equipe de criação que é o meio-campo. Ramon taticamente tinha como
principal função atuar na frente da zaga, Uillian Correia se desdobrava em
marcar Ernanes e curiosamente Yago não atuava no meio campo de criação.
Neilton, também previsível, não conseguiu aparecer para o jogo e ser a
referência da equipe na criação de jogadas que pudessem colocar Kieza e Tréllez
em condições para finalização.
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Maurícia da Matta / EC Vitória
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Com esse
panorama, a equipe de Vagner Mancini insistia em jogadas de ligação direta e
quando tentava colocar a bola no chão esbarrava no sistema de jogo eficiente do
São Paulo. Kanu e Wallace foram intensamente exigidos, em alguns momentos
sobrecarregados e o eficiente sistema defensivo ficou extremamente vulnerável.
Mancini não corrigiu as deficiências de sua equipe no intervalo e aos 7 minutos
da etapa complementar veio o castigo. Cobrança de escanteio, Éder Militão sobe
mais alto que Uillian Correia e abre o marcador.
Nada é tão
ruim que não possa piorar. Para tentar corrigir a falta de criatividade no meio-campo,
Mancini olha para o banco e o que tem à disposição retrata o planejamento pífio
do clube. Carlos Eduardo e Cleiton Xavier entram na equipe e facilitam as coisas
para os comandados de Dorival Júnior. Lentos e pouco inspirados foram facilmente
anulados na partida. Aos 36 minutos, uma falha defensiva que nem na várzea
acontece. Novo escanteio para o São Paulo, Fillipe Soutto perdido na
área tenta cortar a bola e desvia para o fundo da meta de Fernando Miguel. No
finalzinho da partida, o esforçado Tréllez diminui o vexame no Barradão.
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Maurícia da Matta / EC Vitória
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Opinião
Pauta Esportiva: elogiado desde que aqui chegou pela organização tática que
conseguiu implementar no Vitória, o técnico Vagner Mancini foi surpreendido
pelo amigo Dorival Júnior. Não soube fazer a leitura da partida nos minutos iniciais e no intervalo não mudou o
sistema de jogo. Sua equipe foi amplamente dominada por um adversário em crise,
desesperado, mas que estava bem postado dentro das quatro linhas. Adotou uma
estratégia previsível e o São Paulo explorou bem os pontos fracos do Leão que
se tornou uma presa fácil de ser batida no Barradão.
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