Foto: Maurícia da Matta / EC Vitória |
Fora das quatro linhas não faltou sal grosso, água benta e a fé do
torcedor em ainda acreditar que seria possível quebrar um jejum de três meses.
Dentro de campo uma equipe previsível, sem variações táticas, compactação e
facilmente surpreendida pelo lanterna da competição. Um empate com sabor de
derrota, a confirmação a cada jogo de uma campanha vergonhosa atuando dentro do
seu santuário o Barradão. O rebaixamento virou uma realidade iminente.
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Foto: Maurícia da Matta / EC Vitória |
Nesse momento crítico, o torcedor rubro negro precisa ser racional
e reconhecer que tudo que acontece é fruto de uma gestão, no mínimo questionável, que recebeu o maior orçamento para disputa do Campeonato Brasileiro 2017 e
abusou do amadorismo nas contratações. Vagner Mancini conseguiu dar um alento a
uma equipe titular e encaixou um sistema de jogo atuando fora de casa. Time de
uma nota só, ele não tem peças de reposição para montar uma estratégia
competente atuando dentro de casa.
Não por acaso, Mancini não coloca em campo jogadores reprovados
como Cleiton Xavier, Carlos Eduardo, Gefferson, Thallyson só para citar alguns.
A campanha pífia dentro de casa não é fruto de algum mau agouro, superstição ou
problema no Barradão, que sempre foi uma referência e fator positivo. O Vitória
colhe os frutos do amadorismo e aventureiros de ocasião que venderam uma
proposta para chegar ao poder e nada mais. O comentarista Paulo Cerqueira
costuma dizer que “contratar é um exercício de risco” e a direção de futebol do
Vitória arriscou demais e foi extremamente infeliz no planejamento ou na falta
dele.
Foto: Maurícia da Matta / EC Vitória |
O torcedor rubro negro mais exigente já jogou a toalha, os mais
otimistas acreditam em milagres, mas a sequência do Leão nessa reta final não
dá muitas esperanças de reação. Como diz André Rizek “jogar no Barradão é
sinônimo de três pontuou ou na pior das hipóteses empate. Em casa o Vitória
recebe o Palmeiras (brigando por título), Cruzeiro e Flamengo (provavelmente
precisando definir sua classificação para 1ª fase da Libertadores). Fora de
Salvador, o Leão encara o Vasco da Gama (em ascensão com Zé Ricardo), Grêmio,
Chapecoense e na penúltima rodada contra a Ponte Preta lutando contra o
rebaixamento.
Ocupando a penúltima posição com 34 pontos, o questionável time do
técnico Vagner Mancini vai precisar de no mínimo três vitórias e dois empates
para alcançar os possíveis 45 pontos que podem livrar do rebaixamento. A gestão
“Vitória do Torcedor” está sendo protagonista de um capítulo lamentável na história
do clube. Erros, gafes, vexames e uma gestão de futebol amadora estão
conduzindo o clube a segunda divisão e um 2018 extremamente preocupante. Como
diz o torcedor com sabedoria “quem cai é clube, a instituição, pois os
jogadores, a maioria vai embora e volta a atuar pela primeira divisão”.
Time de fracos
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